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No inicio da decada de 40 de 1800, logo a seguir ao terminus da guerra civil. Lisboa com a partida da corte para o Brasil,o dominio ingles e mais tarde com a guerra civil, tornara-se um local de deboche. Afinal enquanto esteve em Portugal, o invasor vivia à grande e à francesa,mesmo os ingleses, e tudo era permitido desde que não incomodassem a ordem e respeitassem quem governassem. Na rua das Gaveas frente a frente, estavam as casas das filhas da Chicória e da Joaquina dos Cordões, ambas lutavam pelo controlo da noite. Pelas suas casas passavam desde marinheiros e fadistas a políticos e homens de negocios e até a nobreza visitava aquelas casas fosse pelo café no rés de chão, pela jogatina no primeiro andar ou pelo prazer com as meninas no segundo. No vale, na Mouraria, estavam as tabernas e por lá parava a gatunagem e é numa delas a da Rosária que vamos encontrar uma jovem prostituta que a todos encantava ao cantar o fado, a Severa, filha da Barbuda e que vai ter um papel muito importante nesta história. No meio da devassidão e deboche, temos o romântico Almeida Garrett que através da cultura quer trazer de volta os bons costumes a Lisboa.
Lápis azul", significava que qualquer texto a publicar tinha antes que ser visado por uma comissão para ver se estaria conforme com a moral e os bons costumes vigentes à época. Se não estivessem, eram alterados ou até mesmo cortados e assim o povo só tinha acesso aquilo que eles queriam. Como se costuma dizer, um povo ignorante é mais fácil de controlar. E o lápis azul era a ferramenta para esse controlo.
A nossa história começa nos anos 90, quando um professor de história ao mudar-se para a um novo gabinete, descobre por acaso uma pasta que tinha escapado à destruição que o povo tinha feito das instalações da censura na Rua da Misericórdia, no dia 25 de Abril de 74 e onde estão algumas dessas histórias censuradas. O professor começa então a contar essas histórias.

Estas sao as historias do lapis azul

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Em 1967 um escândalo abalou as fundações do Estado Novo.
Na imprensa internacional publicava-se que altas figuras da nação, onde se incluíam titulares de nobreza, empresários, financeiros, membros do clero e até do governo, participariam em festas com prostitutas e onde
participavam também raparigas menores (algumas entre os 8 e os 14 anos).
A polícia judiciária começa a investigar mas começa a sentir muitos obstáculos colocados pela PIDE, o ministro da justiça que não quer parar o processo é afastado. Afinal de contas entre os investigados estavam homens muito próximos do presidente do conselho inclusive 2 ministros. Um jornal italiano publica uma manchete caça à Lolita no Jardim do ministro. Dizia o jornal que os " respeitáveis senhores faziam um grupo de jovens correr nuas apenas com uma fita de cor na cabeça pela propriedade e eles também nus tentavam apanhar a rapariga com a cor correspondente a sua o prêmio era consumar o ato. As jovens raparigas dançavam nuas sob holofotes rosados para gáudio dos homens.
Qual o nome que a imprensa estrangeira dá a isto? Os ballet Rose.
Em Portugal a censura abafa o escândalo. Mário Soares acusado de ser a fonte de informação dos jornais estrangeiros é deportado para São Tomé.
Quando chega o julgamento, as mulheres e as jovens não dito por não dito e como se costuma dizer a montanha acabou por parir um rato. Apenas três mulheres são presas dois dos homens condenados a multa. Tudo o resto sai em liberdade. Em 1975, as três mulheres resolvem falar E essa narrativa cria E de ESCÂNDALO, ouvimos as mulheres, ouvimos os jornalistas, ouvimos o juiz ouvimos a polícia só não ouvimos os criminosos. Esses não quiseram falar.
E de ESCÂNDALO, uma ficção que foi uma realidade.

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No Portugal dos anos 30, com o Estado Novo, o país fechava-se sobre si próprio. Até se dizia que o primordial era formar futuros portugueses para manter Portugal e não cidadãos preparados para estar no mundo. Na América e por alguma Europa surgia a comunhão com a natureza o estilo de vida do vegetarianismo e do naturismo e é nessa altura que uma mulher, familiar direta de alguém bastante importante no regime faz uma viagem pela Escandinávia e conhece essa filosofia de vida que a fascina de imediato. Mas os países do Sul, onde o catolicismo impera não vêm essa prática com bons olhos. O sentido de pecado e de vergonha está enraizado, o corpo é a depravação e assim em Portugal esses movimentos são proibidos. Mas esta mulher não aceita isso e luta contra tudo e contra todos. Já era apontada e referenciada por ter uma amiga íntima e a homossexualidade era para o estado novo algo ainda mais atentador que o adultério ou a prostituição à moral pública, por isso ser apontada por mais uma coisa não seria problema. Assim criou uma comunidade naturista e de cultura onde se praticava uma vida vegetariana e dedicou-se a lutar pelos direitos ao estilo de vida. Devido às suas crenças, chegou a estar internada num hospital psiquiátrico. Esteve presa várias vezes por atentado à moral, pois apesar do seu espaço ser uma quinta privada, os poderes da altura diziam que só a ideia de existir um local assim em Portugal era atentatorio ao código da moral e bons costumes vigentes.

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Tendo trabalhado para Madame Blanche, a francesa que nos inícios da República tinha os mais famosos ninhos de prazer de Lisboa, uma mulher que tinha chegado das beiras uns anos antes para tal como muitas outras ser criada de servir tornou-se durante os tempos do Estado Novo na dona da casa de passe mais seletiva da cidade. Ali, em plena Baixa, a alta sociedade e os governantes acorriam e muitos assuntos de estado eram tratados na cama e não nos gabinetes. Também espiões passavam por lá,afinal em tempos de guerra e sendo Portugal um país neutral os dois lados do conflito se cruzavam "amigavelmente" em Lisboa e como se sabe muitos segredos se revelam com a cabeça no travesseiro. Com a proibição da prostituição em 1963, a Madame voltou para as beiras e teve uma epifania. Fez-se benfeitora, com a intenção de tirar as raparigas da rua, pois tinha de as ajudar depois de ter passado uma vida a explora-las. . Quando morreu deixou uma das fortunas deixadas até hoje em Portugal por uma mulher.

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Muito perto do prédio onde estava instalada a comissão de censura do teatro e do cinema, foi encontrado um livro, o Diario de São Pedro de Alcântara, Os Segredos... e lá que encontra uma história fantástica que tem o seu auge no periodo do pós guerra.
Durante muito tempo a Baixa e o Chiado foi o centro de tudo o que se passava na cidade de Lisboa ou mesmo no Pais, era por ai que circulavam as figuras importantes do regime Monarquico e mais tarde do Estado Novo, era por ai que se movimentavam os intelectuais da epoca que passavam por exemplo por cafés como a Brasileira, ou o Nicola. No Bairro Alto tinhamos os jornais, Diario de Noticias, Seculo entre outros que ainda hoje dão nome às ruas do bairro. Eram todas estas comunidades que faziam pulsar Lisboa e tambem o Pais, porque na altura dizia-se que Portugal é Lisboa e o resto é paiságem.Com inicio no Largo do Camões e até ao Jardim de São Pedro de Alcântara expandia-se a Rua de São Roque, era nessa rua que estavam as casas do vicio, casas montadas por algumas senhoras, normalmente Francesas e que tinham as meninas para agradar a todos o tipo de clientes. Em alguns casos juntava-se o jogo clandestino, mas na grande maioria eram apenas casas de prazer.
Na decada de 50, vivia-se o auge dos estado novo,São Pedro de Alcantara, procura mostrar que numa epoca onde a censura imperava, a grande maioria das virtudes publicas, escondiam vicios privados, pois em prol da moral e bons costumes, tudo era varrido por baixo do tapete. 100 anos de Portugal, são vistos pelos olhos de um grupo de mulheres que viveram e trabalharam em SãoPedro de Alcântara.


REPRESENTAÇÃO E FIGURAÇAO
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